quinta-feira, 30 de outubro de 2014

“O OSSO DA BORBOLETA”, quarto romance de Rui Cardoso Martins, VJT=VELHA-JUSTIÇA-TRADICIONAL e NJF=NÉO-JUSTIÇA-FUTURA

Rui Cardoso Martins é escritor, jornalista, argumentista-guionista, um dos fundadores das Produções Fictícias, co-autor do programa de TV “Contrainformação”, autor de 4 livros, vencedor do Grande Prémio de Romance e Novela da Associação Portuguesa de Escritores com o romance 'Deixem Passar o Homem Invisível', mais votado de 83 candidaturas. O júri era composto por José Correia Tavares, Eugénio Lisboa, Luís Mourão, Luísa Mellid-Franco, Pedro Mexia e Serafina Martins.

No seu primeiro livro: “E SE EU GOSTASSE MUITO DE MORRER”, é uma espécie de psicanálise à chamada doença do séc. XXI. Ao Sul do Tejo a percentagem dos suicídios é umas 7 vezes a média do Norte, (1).
No segundo: “DEIXEM PASSAR O HOMEM INVISÍVEL”, a sua fantasia desceu ao subsolo de Lisboa, aos labirintos da justiça em Itália, acompanhado por “Serip”, com muita fantasia inspirada numa semana que passámos juntos entre Milão e Borgolavezzaro, (2).
No terceiro: “SE FOSSE FÁCIL ERA PARA OS OUTROS” viaja pelos USA, com personagens que sonham um orgasmo na Lua, …
O quarto romance de Rui Cardoso Martins, O OSSO DA BORBOLETA”, será apresentado no dia 31 de Outubro, ás 21h30, no Bar a Barraca, em Lisboa, com leituras de Maria Rueff e André Teodósio.

(1) A começar pelo título: “E SE EU GOSTASSE MUITO DE MORRER?”, é uma forma irónica de abordar a segunda causa de morte não natural no mundo: o suicídio. Depois dos acidentes é a causa de mais mortes anormais no mundo. O suicídio é na maior parte dos casos o final da evolução da depressão não tratada. A depressão é chamada a doença do séc. XXI. Segundo um estudo americano citado pelo Dr. Miguel Lucas no seu livro “DIGA NÃO À DEPRESSÃO”, 50% dos americanos passa ao menos uma vez na vida por um período de depressão. Um EIM=ESPERTALHÃO-INTELIGENTE-MILIONÁRIO, filho de pais milionários de um país de Europa, estudou arquitetura nos USA quando Internet começava a crescer e naturalmente foi influenciado pelos novos milionários de Internet e novas tecnologias. Limpou o cu ao diploma de arquiteto e regressou ao seu país com as técnicas americanas que levavam 3 passos à frente das europeias. Procurou outros EIA=ESPERTALHÕES-INTELIGENTES ASPIRANTES A MILIONÁRIOS e fez fortuna no seu país tornando não só o Nº1 de Europa mas talvez mesmo do mundo a ganhar muito dinheiro explorando os deprimidos com técnicas milagrosas de sugestão, auto-sugestão, auto-hipnose, PNL=PROGRAMAÇÃO NEURO-LINGUÍSTICA,  e outras drogas que se utilizavam antes de Freud, que ele próprio utilizou nos seus inícios mas deixou de utilizar por curarem só os sintomas enquanto a doença avança até terminar no suicídio. Ao contrário destas técnicas milagrosas o livro de RUI CARDOSO MARTINS: “E SE EU GOSTASSE MUITO DE MORRER?” estimula a criatividade e inteligência das elites literárias e seus leitores para uma filosofia do suicídio, das suas causas e soluções. Ao contrário do arquiteto que se arma em médico, psicólogo, psiquiatra e hipnotizador para fingir curar a depressão este livro coloca perguntas para os especialistas responderem.
(2) Sobretudo depois que um grande ALM=ADVOGADO-LADRÃO-MAFIOSO ME ROUBOU O QUE TINHA ECNOMIZADO EM METADE DA MINHA VIDA EM QUE GANHEI MAIS, e os recursos à velha justiça tradicional só serviram para punir a vítima e mais honestos contribuintes, tornei-me uma espécie de MNJ=MISSIONÁRIO DA NJF=NÉO-JUSTIÇA-FUTURA. Inspirado nos escritos de "Rui Cardoso Martins" e certas experiências traumáticas com a VJT=VELHA-JUSTIÇA-TRADICIONAL escrevi:

Rui Cardoso Martins, “Justiça à Portuguesa”, “Injustiça à italiana...

Rui Cardoso Martins, “Deixem passar o homem invisível” JUSTIÇA" NOS BASTIDORES DE UM PALCO DE PODERES, … INJUSTIÇAS DA "JUSTIÇA" TRADICIONAL E COMO UM ANALFABETO FARIA MELHOR EM 5 MINUTOS DO QUE SÁBIOS DOUTORES EM 5 ANOS"… "Quando entramos num tribunal temos a impressão que retrocedemos 100 anos" – disse Lubrano o mais famoso defensor dos direitos dos consumidores de Itália, num programa da TV sobre Justiça. Da minha experiência, do meu recente interesse pela "Justiça" e da observação de alguns casos tenho a impressão de que … Mesmo ignorando todas as leis, uma pessoa com razoável inteligência, honestidade e bom senso, com outros métodos, podia fazer melhor justiça do que sábios doutores, com sábias leis mas antiquadas e desadaptadas da situação actual e de cada caso concreto. .. No avião que me levava de Itália a Portugal, (segunda inútil viagem para dizer ao juiz o que num mundo racional diria num minuto pelo preço dois cafés), li em "PUBLICA" de 2001-05-13 um interessante artigo de Rui Cardoso Martins onde as declarações da polícia estão tão cheias de contradições que resultam uma anedota digna de um filme cómico… A INTELIGÊNCIA DAS GALINHAS E A ESTUPIDEZ NOS SISTEMAS POLICIAIS E JUDICIAIS TRADICIONAIS, … A BICICLETA ROUBADA, AS INJUSTIÇAS DA JUSTIÇA, O TRABALHO INÚTIL E ANTI-SOCIAL DA POLÍCIA, ESTUPIDEZ E FANTOCHADAS DOS SISTEMAS POLICIAL E JUDICIAL… ADVOGADOS: GUERREIROS DA INJUSTIÇA, CASTAS E CORRUPÇÃO, POLÍCIAS, CRIMINOSOS E JUIZESOS TRABALHOS DA POLÍCIA POR UM PAPEL QUE NÃO SERVE NEM PARA LIMPAR O CU E OS 9 MILHÕES DE DENÚNCIAS ARQUIVADAS SEM SEREM ABERTAS… um polícia com um mínimo de inteligência e honestidade, cumprindo o seu dever numa "NOVA JUSTIÇA", com apenas 5 minutos de trabalho evitava o trabalho de dezenas de pessoas, milhares de horas e grandes injustiças. Numa "NOVA JUSTIÇA", com a inteligência das galinhas aplicada ao sistema policial, … qualquer analfabeto com um mínimo de inteligência pode reconstituir melhor os factos e encontrar a verdade em 5 minutos do que sábios doutores ao fim de 5 anos de trabalhos e burocracias ouvindo argumentações de outros sábios doutores com montes de papeladas e testemunhas mais interessadas em deformar os factos do que em descobrir a verdade. A polícia fez um relatório em nítida contradição com as declarações dos implicados. Bastava ver a posição dos carros, as marcas de cor deixadas no encontro e interrogar novamente os que tivessem dado uma informação contraditória com os factos ou com falta de lógica. Isto fazia-se em 5 ou 10 minutos e evitavam-se anos de trabalhos. Se o caso não ficasse resolvido de imediato seria o próprio polícia que viu os carros acidentados e interrogou as testemunhas que deveria descobrir quem lhe mentiu. Todos os danos causados pela mentira seriam pagos pelos responsáveis. Se as pessoas soubessem que poderiam ser condenadas a pagar milhares de euros por mentirem voluntariamente seria muito raro que mentissem… Recordei um amigo que teve um processo no Sul de Itália, mudou-se para o Norte, andou 26 anos a caminho do Sul, gastou muito mais do que recebeu por acordo entre advogados. Já estava velho, cansado de andar de uma ponta à outra de Itália e pensou que mais valia não perder mais do que continuar a gastar sem garantias…  um honesto empresário com um passado limpo esteve 7 anos, 5 meses e 10 dias na prisão porque tinha um carro idêntico ao de um boss da mafia e foi confundido com ele. Quando o prenderam partiram-lhe dois dentes por causa de protestar desesperado e esteve 40 dias na enfermaria. O pai morreu de desgosto, a namorada deixou-o, o seu negócio desapareceu. Só saiu porque o próprio boss da mafia confessou que era ele quem procuravam e o acusado era inocente. Pediu uma indemnização de €6.000.000. Não è o primeiro nem segundo … são inúmeros os casos de inocentes que vão para as prisões … mas são aos milhares os autênticos criminosos dos quais não há a mínima dúvida mas que por diversos meios "legais" não ficam nas prisões. O “presunto boss” de uma das piores organizações mafiosoas que matou o irmão do melhor juiz que investigava as suas atividades criminosas, foi preso e posto em liberdade no dia seguinte. Só de uma vez entraram em liberdade 52 “presunti boss” mafiosos, de outra 15, (um deles  réu confesso de 69 homicídios), porque o juiz não teve tempo de escrever a sentença ou  por recorrência do prazo de prisão preventiva. ..
Se para um caso de um acidente é difícil fazer comparecer em tribunal as testemunhas, para um caso de mafia è muito mais difícil. Só num processo foram assassinadas 8 testemunhas, algumas na véspera de testemunharem. Quase todos foram absolvidos pelo tristemente famoso juiz Carnevale. Os juízes que faziam o jogo da máfia, como Carnevale, subiam rapidamente a presidentes do Supremo Tribunal de Justiça. Os mais eficientes contra a mafia e corrupção política ou eram assassinados pela mafia ou destruídos pela própria estrutura judiciária. Nos anos 80 morria em Itália uma média de um juiz por ano vítima da máfia.
Recordo Al Capone, John Gotti e tantos outros que mesmo depois de meio mundo saber que eram os chefes da criminalidade e das máfias continuaram a ser absolvidos pela "Justiça" tradicional.
No programa de televisão "ME MANDA RAI 3", (2001-06-06) falou-se dos trabalhos de várias testemunhas e como foram tratados pela "Justiça": uma testemunha teve que mudar identidade, passou a viver escondido e arruinou completamente a sua vida por testemunhar contra a máfia no assassino de um juiz; outra fez 5 vezes uma viagem de 1000 km recebendo o pagamento de 2ª classe de comboio e 1.400 liras, (€0,80), por cada dia perdido, (recordo que um café em Itália custa mais de €1); um polícia na reforma gastou €700 para ir a testemunhar muito longe da residência, só recebeu €170 vários anos depois com muitos trabalhos, viagens, cartas e telefonemas; um reformado dos serviços especiais contra o crime mostrou um monte de documentos dos processos em que tem de testemunhar durante a reforma: todos os dias, por vezes dois processos por dia. Impressionou-me a sua personalidade dizendo que tinha servido o Estado durante toda a vida e considerava aquele seu trabalho como uma missão de continuidade que fazia com gosto. Não se lamentou de não lhe pagarem as despesas nem de receber menos do preço de um café por cada dia de trabalho. Este senhor fez-me lembrar um comissário da polícia que me contou como os mais honestos e responsáveis têm mais dificuldade em subir nas estruturas da polícia: passam o tempo nos processos e ganham inimigos que lhes dificultam a carreira.
Leis antigas feitas antes de se usarem aviões e comboios rápidos não permitem o pagamento de viagens de avião nem os suplementos dos comboios nem "couchettes" para as testemunhas. Mesmo que passem dias fora de casa recebem no máximo para comer e hotel €1,25 que não dá para dois cafés.
Imagino um ebook, vários PeBooks e CeBooks com a criatividade e inteligência coletiva a fornecer e confirmar informação de qualidade indiscutível, negar as legendas metropolitanas e as CPP=Crenças-POPULARES-POPULISTAS sem fundamento científico mas que encontram muita crença fidedigna nos mais “pequenos” em inteligência que invejam e/ou odeiam os mais inteligentes. Li um caro ebook de mais de 300 páginas cujo essencial do livro é demonstrar que tomando serotonina antes de ir a dormir se pode viver mais e melhor, até 120 anos com saúde. Segundo os dois autores esta “verdade muito importante” não é conhecida do público porque destruiria a indústria farmacêutica e os ganhos dos médicos. Indústrias farmacêuticas e médicos boicotam esta “informação científica” porque perderiam os ganhos. Perguntei a vários médicos e psiquiatras mas ainda não encontrei nenhum de acordo. Porque os médicos estão quase todos corrompidos pela informação das indústrias farmacêuticas? Muito fácil de acreditar em Itália onde predomina o mais baixo populismo que conheço. Tudo o que é contra as elites mais inteligentes é muito popular. A banalidade do sexo de Berlusconi e Ruby teve mais de 50 milhões de resultados com Google. Amanhã será apresentado o quarto romance de e com
Alguém quer colaborar?
 No ano 2000 escrevi: “BOAS FESTAS COM POUCA "CARIDADE" MUITO ÓDIO E ENORME GRATIDÃO …
Entrei num super-mercado e fui assediado por uma campanha de caridade … recordei a notícia de que só 20% dos donativos para a Somália chegou aos pobres. Os restantes 80% foram alimentar mafia e corrupção italiana. Mas um amigo, daqueles que considero acima de qualquer suspeita não só pela formação como pela cultura geral, (ex-seminarista, advogado pela universidade de Oxford, ex-porta-voz da imprensa do Vaticano), afirmou-me que das ofertas para os países pobres só 6% chega realmente aos pobres. Os restantes 94% ficam nos países ricos ou vão para os ricos dos países pobres.
Eu era muito caridoso: conheci um jovem mulato de Cabo Verde que precisava de ajuda, ajudei-o e pedi colaboração a familiares e amigos para o ajudarem. Roubou-me a mi e aos familiares e amigos e fiquei tão revoltado que quase me tornei racista. Um "amigo" dos tempos da universidade apareceu-me dez anos depois com as lágrimas nos olhos dizendo-me: "fui um grande advogado mas fui vítima de um vigarista e nem sequer posso entrar em Portugal … tenho de permanecer no estrangeiro até mostrar que sou inocente e entrar em Portugal de cabeça erguida … a minha mulher está grávida e não tenho meios de lhe dar de comer … és dos poucos amigos em quem confio e a quem posso recorrer …"
Alojei-o e alimentei-o a ele e à mulher durante cerca de meio ano. Em troca do bem que lhe fiz vigarizou-me, ameaçou-me em estilo mafioso, destruiu-me economicamente, profissionalmente e psicologicamente. Com a "justiça" tradicional aumentei a minha ruína económica para conseguir uma condenação fantoche: foi condenado em Itália à prisão e ao pagamento de uma parte das vigarices mas bastou mas bastou fugir para Portugal para não pagar nem ir para a prisão.
Convenci meus irmãos a cedermos uma quinta a uma associação de recuperação de marginais e toxico-dependentes. Primeiro tivemos que afrontar os protestos das aldeias vizinhas porque roubavam, depois roubaram-nos tudo o que tinha valor, incluso um grande armário de nogueira, uma máquina de lavar, um grande frigorífico e uma enorme pedra de moinho antigo. Desapareceram sem entregarem as chaves, mudam continuamente de número de telefone, numa das muitas tentativas para contactar os responsáveis disseram que pagavam tudo mas não foi possível contactá-los de novo. Coisas com alto valor simbólico e bens que custaram muito a ganhar aos meus pais e avós trabalhando 16 horas por dia sem férias nem fins de semana a não ser uma hora para irem à missa aos domingos, bens que foram economizados com muito trabalho e sacrifício serviram para alimentar parasitas. Mais uma vez fui considerado o tonto da família.
Tudo isto alterou a minha personalidade: em vez de generosidade sinto ódio e revolta contra os que vivem no luxo roubando ou parasitando o fruto do trabalho dos outros. E odeio as injustiças e fantochadas do sistema policial e judicial tradicionais que em vez de fazerem justiça e ajudarem as vítimas ainda as castigam com estúpidas e ineficientes burocracias.
Hoje penso que a melhor esmola que eu posso dar è contribuir para que as esmolas não sejam necessárias, haja melhor justiça e a caridade chegue realmente a quem precisa. O meio mais lógico e eficiente seria com uma melhor justiça. Em vez de dar esmolas ofereço o meu trabalho nestes escritos esperando contribuir para uma melhor justiça, para um mundo melhor.
As injustiças de que fui vítima, o que sofri em troca de fazer bem, transtornaram a minha personalidade. Se não fosse a educação e a base moral que recebi talvez já tivesse cometido alguma loucura para me vingar. Aprendi que a vingança è um mal, um pecado. Hoje penso que pior mal e pior pecado è a falta de justiça. Se as injustiças permanecerem premiadas aumentarão cada vez mais. Hoje luto por uma revolução do sistema policial e judicial que produza uma revolução social.
Recebi muito na vida não só de familiares e amigos como de anónimos benfeitores de instituições religiosas como os Missionários de S. João Baptista onde estudei 12 anos. Muito se faz com a caridade de boa gente mas muito mais se poderia fazer se não houvesse alguns a envenenar os frutos dos bem intencionados.
Com enorme gratidão para com todos os que me ajudaram torno públicas as minhas ideias esperando que contribuam para um mundo melhor. Aproveito para referir algumas obras que me merecem toda a confiança e para as quais me parecem bem empregues os donativos:
MISSIONÁRIOS DE S. JOÃO BAPTISTA: nascidos na Alemanha inicialmente como apoio aos pobres sem teto espalharam-se pelas regiões mais pobres do mundo exercendo uma monumental obra de instrução e apoio aos mais desfavorecidos.
ASSOCIAZIONE MAGO SALES: um padre ilusionista, (seguindo o exemplo de D. Bosco, fundador dos salesianos), com seus espectáculos e várias actividades ajuda as crianças pobres de várias partes do mundo. (Pode enviar-se dinheiro para a conta dos correios: C/C n. 37533106 em nome da ASSOCIAZIONE MAGO SALES C/O DOM SILVIO MANTELI – VIA PAISIELLO 37 – 10154 TORINO ITÁLIA). www.sales.it.
CASA DO GAIATO: fundada pelo Padre Américo procura dar uma família a cranças que a perderam. Sede: Casa do Gaiato de Coimbra.
AS INJUSTIÇAS DA "JUSTIÇA" TRADICIONAL E COMO UM ANALFABETO FARIA MELHOR EM 5 MINUTOS DO QUE SÁBIOS DOUTORES EM 5 ANOS
Passaram mais de 5 anos de um acidente que me destruiu o carro. Fui chamado de Itália onde vivo actualmente para vir testemunhar no julgamento em Portugal porque as companhias de seguros não querem pagar ou não se entendem quanto às responsabilidades. Parece que um carro avariou na auto-estrada e o condutor em vez de aproveitar a embalagem para estacionar na margem à direita estacionou na esquerda. Deve ter batido nele um outro, depois um terceiro bateu não sei em qual, só sei que vi um vulto atravessar à minha frente da direita para a esquerda e não consegui evitá-lo.
O carro ficou sem concerto. A companhia de seguros avaliou-o em 650 contos, embora eu nem com o dobro comprasse um carro idêntico, avaliou os salvados em 150 contos podendo eu dispor deles. Só os consegui vender por 75 contos. Só me daria 500 contos se viessem a ser comprovadas responsabilidades, mas depois recusou-se a pagar. Assim se compreendem os luxos e lucros das companhias de seguros.
À entrada do tribunal encontrei um amigo que conhecera o meu carro e se dispusera a testemunhar sobre o valor do carro. Mas entretanto conseguira um emprego como segurança e tinha medo que o facto de ir testemunhar lhe prejudicasse o trabalho. Escreveu uma carta dizendo que não queria testemunhar. Eu já não tinha o seu contacto e como não recebeu nenhuma informação perdeu meio dia para nada: já se tinha prescindindo do seu testemunho e já não era possível readmiti-lo. Nestes pormenores se vê como a justiça acaba por depender de preconceitos e burocracias.
Passada cerca de uma hora da chamada apareceu a mesma jovem a dizer que o julgamento tinha sido adiado e todas as testemunhas ficavam desde já notificadas para comparecer outro dia passados mais de 5 meses. Uma das testemunhas com ar muito zangado e muito agressivo começou a perguntar à menina quem lhe pagava as despesas e o tempo de vir ali pela 4ª vez para nada e a quem poderia pedir responsabilidades. As outras testemunhas colocaram-se ao seu lado e olhavam para a jovem como quem quer resposta para a mesma pergunta: quem paga os danos das testemunhas se deslocarem aos julgamentos? A jovem aterrorizada pediu para esperarem um momento e foi chamar uma advogada que com seu sorriso e sua simpatia conseguiu acalmar os ânimos: depois de o escutar explicou que o caso estava muito complicado porque passados 5 anos as pessoas já se não lembram bem do que viram e há diferentes versões … não se sabe exactamente quem bateu em quem e talvez se consiga um acordo sem ir a julgamento.
Devo fazer mais uma viagem de Itália a Portugal para dizer ao senhor juiz no palco do tribunal que conduzindo normalmente na auto-estrada apenas me recordo de ter visto um vulto atravessar à minha frente da direita para a esquerda. Já escrevi isso, posso dize-lo ao telefone … mas para o sistema judicial tradicional è preciso dize-lo nesse teatro dos tribunais onde geralmente è mais fácil a um marginal levar uma falsa testemunha a dizer mentiras do que um honesto cidadão levar outro honesto cidadão a dizer verdades. Pedi a um muito honesto mecânico, daqueles que vão à missa todos os domingos e por nada deste mundo testemunharia falso, que viu o carro e conhecia o valor, para testemunhar sobre o valor. Respondeu-me logo que lhe pedisse qualquer favor menos esse. Fez questão de me mostrar uma convocatória para testemunhar num outro caso onde já tinha perdido 3 dias e continuava a ter de voltar porque senão poderia pagar até 200 contos. Sendo mecânico por conta própria com muitas despesas e impostos cada dia que tem de fechar a oficina perde muito. Quem lhe paga os danos?
Imaginemos um drogado marginal que passa a vida a roubar com outros. Para eles não há preconceitos morais de testemunhar falso, por irem a um tribunal não perdem nenhum dia pois podem roubar pelo caminho antes e depois. Por espírito de solidariedade e pelas condições económicas, morais e psicológicas estou plenamente convencido que na situação actual è muito mais fácil a um marginal conseguir testemunhas falsas do que a um honesto cidadão conseguir honestas testemunhas.
A dita "Justiça" tradicional transforma-se assim num palco de injustiças: as leis obrigam-me a pagar seguros do carro mas quando fico sem ele num acidente em que não tive culpa tenho de andar mais de 5 anos a caminho de advogados e tribunais para eventualmente receber uma ajuda para as despesas. Eu penso que até este momento nem com 2.000 contos me pagariam os danos resultantes daquele acidente. Na melhor das hipóteses receberei menos de metade.
Imaginemos agora como numa "NOVA JUSTIÇA", como eu a idealizo, até um analfabeto, em 5 minutos, faria melhor justiça, ou ao menos menores injustiças, do que vários sábios doutores, em 5 anos, condicionados pela estúpida máquina judicial tradicional: um "polícia-juiz-de-bom-senso", (pj), que até poderia ser analfabeto, bastaria conhecer as leis mais usuais referentes aos acidentes ou estar munido de um telefone para perguntar a um advogado especialista disponível pelo Estado para lhes dar apoio. De gravador na mão perguntaria às testemunhas o que tinham visto. Eu dizia o que tinha visto em menos de meio minuto. Com poucos minutos gravava o essencial para a reconstrução do acidente. Vendo a posição dos carros e as marcas de tinta deixadas conferia se tinha lógica a sua reconstrução do acidente, gravava-a e dava a confirmar aos intervenientes ou testemunhas. Com os seus conhecimentos e o seu bom senso de justiça emitiria o seu julgamento imediato. Em caso de dúvida telefonaria ao advogado de apoio.
Estou convencido que até um analfabeto faria melhor justiça em 99% dos casos de pequenas injustiças que ao entrarem na estúpida máquina judiciária se transformam em grandes injustiças. E para os casos em que essa justiça imediata funcionasse mal deviam responsabilizar-se os culpados e não sacrificar inocentes como acontece com as testemunhas que se dispõem a colaborar.
Na prática começaria por seleccionar 50% dos mais honestos e inteligentes policias que passariam a acumular mais ordenado, mais regalias e maiores responsabilidades: julgarem de imediato todas as questões em que até o melhor julgamento tardio acaba por ser mais injusto do que um mau julgamento imediato. Se o julgamento è mau pode depender de falsas declarações, da incompetência do "polícia juiz", (pj), ou da falta de dados e dificuldade do caso. Se os autores das falsas declarações propositadas pagassem as consequências: investigações para se chegar à verdade, danos às testemunhas, custos dos tribunais, juros de mora, etc., acabariam por ser tão penalizados que tenderiam a corrigir-se o mais depressa possível. Os "polícias-juizes-de-bom-senso", (pjs), mais competentes subiriam e os outros que se mostrassem menos competentes poderiam perder privilégios.
Ao contrário da "Justiça" tradicional que em geral funciona como um árbitro que dá a vitória ao mais forte, uma "NOVA JUSTIÇA" poderia ser o melhor meio de transformar a sociedade.
 JUSTIÇA NA ESCOLA E NOS TRIBUNAIS TRADICIONAIS …
Uma professora contou-me:
- "Já não suporte o ambiente escolar. Sinto-me no limite das minhas forças. Sinto-me à beira de um esgotamento nervoso. Não sei se devo ir ao médico ou pedir a reforma antecipada. Não suporto esta nova geração de jovens que humilham os professores. A mi mandaram-me à merda. A uma jovem professora um aluno recusou-se a fazer o que ela dizia e disse-lhe em plena aula a viva voz na frente dos outros alunos que faria o 69 com ela …"
·         "Mas não há castigos?" – interrompi.
·         "Há castigos para nós. Eles ficam-se a rir com os prémios em vez de castigos. Nós podemos expulsá-los das aulas que muitas vezes è o que eles querem. Podemos apresentar queixa por escrito, arranjar testemunhas … acabamos por perder tempo, ser mais humilhadas perante os alunos para lhes pedir de serem testemunhas, passamos pela vergonha perante os colegas e superiores … e depois os alunos mal comportados são "castigados" a terem mais uns dias de férias para aprenderem a comportar-se pior. No fundo somos nós mais castigadas do que eles: nós perdemos tempo e somos humilhadas, eles acabam por ser suspensos das aulas por uns dias que è o que eles querem. "
Isto fez-me pensar nas analogias com o sistema judicial onde muitas vezes as vítimas de injustiças ao recorrerem ao sistema judicial tradicional acabam por ser vítimas de outra injustiça da dita "Justiça". (Cf.: por exemplo:http://members.xoom.it/jiimm/lb1br.htm : A BICICLETA ROUBADA, AS INJUSTIÇAS DA JUSTIÇA, O TRABALHO INÚTIL E ANTI-SOCIAL DA POLÍCIA, ESTUPIDEZ E FANTOCHADAS DOS SISTEMAS POLICIAL E JUDICIAL ).
Imaginei como seria se a "NOVA JUSTIÇA" entrasse nas escolas: o professor vítima de uma humilhação deveria ter direito a uma indemnização pelos danos morais e psicológicos. O tempo perdido para obter justiça seria pago como horas extraordinárias. Os pais, como principais responsáveis pela educação dos filhos, deveriam pagar as consequências. Caso se recusassem aumentariam os castigos ao filho: prestação de serviços de limpeza no intervalo das aulas, entrada em reformatórios, (com trabalhos), aos fins de semana e nas férias, etc. Enquanto a pessoa ofendida não fosse indemnizada ou perdoasse o aluno continuava em estado de castigo: obrigado à prestação de serviços e privado de alguns privilégios dos mais honestos e bem comportados.
Contaram-me astuciosas técnicas usadas por vigaristas perfeitamente identificáveis. Perguntei porque não recorriam à "Justiça". Seriam custos enormes para nada: no final os grandes vigaristas encontram sempre meios de não pagar: ou fazem vigarices em nome de uma firma que vai à falência ou têm os bens em nome de familiares ou amigos de confiança. Existem empresas especializadas nas cobranças difíceis que usam técnicas psicológicas: estudam o ambiente frequentado pelo vigarista e aparecem-lhe num momento em que ou paga ou ficará mal visto no meio que frequenta.
Mas afinal a função da dita "Justiça" não è de fazer verdadeira justiça? Não seria mais lógico e mais eficiente se o sistema judicial fizesse justiça em vez de castigar as vítimas com estúpidas e ineficientes burocracias?
Telefonei a um advogado por causa do "VIP DOS VIPS" que ainda não me pagou um serviço. Explicou-me o que já sabia: recorrendo à dita "Justiça" gasto à partida muito mais do que poderei vir a receber. A única solução será a de o persuadir a pagar. Mas eu já gastei muito mais energias, tempo e dinheiro para ser pago do que o serviço que fiz. Tentei persuadi-lo por bons modos a pagar-me e não consegui. Vou telefonar-lhe e passar às ameaças: o caso já está descrito na Internet e se no prazo de dez dias não tiver o dinheiro na minha conta escreverei ao Presidente da República, ao Ministro da Justiça, ao Procurador Geral da República e a muitas das altas personalidades que conheci nas suas festas. Depois entregarei o caso a um advogado e pedirei indemnização por todos os danos causados.
A ESPERTEZA DO VIGARISTA E UMA LUZ NA ESTUPIDEZ E FANTOCHADAS DA JUSTIÇA TRADICIONAL
No programa "Forum", (Itália, canal 4, 30.12.2000), apareceu o seguinte caso: um casal foi ao notário para fazer a separação judicial dos bens: uma casa comum e todos os bens da mulher foram doados ao marido. Um mês depois a mulher pediu 30 milhões de liras a uma amiga, investiu mal, perdeu tudo e não pagou porque não tinha meios. Sendo amiga da família e sabendo que tinham meios em comum pediu ao marido. Mas legalmente, para fazer a vigarice e não pagar, o marido não era responsável pelas dívidas da esposa e ela não tinha nada. O público deu naturalmente razão à senhora que pedia que o marido pagasse.
Enquanto esperava a decisão do juiz recordei o meu primeiro contacto com a "sabedoria" judiciária: numa aula de "ORGANIZAÇÃO POLÍTICA E ADMINISTRATIVA DA NAÇÃO", o professor, um advogado com muito humor, explicou vários "truques" que geralmente se usam para enganar o sistema judicial. Recordo que na altura pensei para comigo se os responsáveis pela justiça não se sentiriam fantoches de fantochadas a que chamam "Justiça" ?! Ao longo de 30 anos vi, li e senti muitos desses casos em que cumprindo leis se cometem injustiças e fantochadas. Os velhos truques continuam a funcionar e os mais espertos vigaristas vão criando outros. Na maioria desses casos até um analfabeto que não conhecesse nenhuma lei, baseando-se apenas no seu bom senso de justiça, poderia fazer melhor justiça.
Num programa de televisão, com um juiz bem escolhido pelo seu bom senso, a vigarice não funcionou e o bom senso de justiça sobrepôs-se às leis: o juiz disse mais ou menos: "aquela doação e aquele acto de separação dos bens foi feita para preparar uma fraude. Valendo-me do direito de julgar equitativamente declaro a doação inválida e ou o marido paga a dívida ou serão sequestrados os bens doados". Quase se fez justiça. Digo "quase" porque a senhora que emprestou o dinheiro à amiga para lhe fazer um favor teve de esperar 3 anos e não foi indemnizada pelos juros, nem pelas despesas e pelos trabalhos de recorrer ao tribunal.
Imaginemos que este caso entrava na máquina judicial tradicional: a senhora que emprestou o dinheiro gastaria outro tanto com tribunais e advogados para depois não receber nada. Foi por estas e outras injustiças da "justiça" que apareceu a mafia. De facto muitas vezes faz melhor justiça.
Numa "NOVA JUSTIÇA" como eu a idealizo quem deve tem de pagar ou sofrer limitações à sua liberdade até pagar. Uma lei deve sobrepor-se a todas as leis: "OS MENOS HONESTOS, LADRÕES, VIGARISTAS E CRIMINOSOS DEVEM INDEMNIZAR AS VÍTIMAS E A SOCIEDADE PELOS DANOS CAUSADOS". A senhora que recebeu o empréstimo e depois diz que não tem dinheiro para pagar deve trabalhar horas extraordinários, fins de semana e férias até pagar o que deve, mais todas as despesas e danos causados por se recusar a pagar. Se o empréstimo foi feito numa base de amizade em que nem sequer lhe pediu juros, ao recusar-se a pagar muito provavelmente destruiu a amizade e causou danos morais e psicológicos à ex-amiga. Mesmo esses deveriam ser tidos em conta e poderia mesmo pedir indemnização por esses danos.
Se esta "NOVA JUSTIÇA" entrasse em funcionamento a nível universal provocaria a maior revolução de todos os tempos: as pessoas mais honestas e boas subiriam nas estruturas da política, da economia e do jornalismo contribuindo para uma nova filosofia de vida, para uma nova cultura, para uma melhor convivência entre todos os povos. Não sei se as pessoas nascem boas ou más mas sei que se podem tornar melhores ou piores. O melhor meio de modificar os comportamentos sempre foi o prémio e o castigo. Esses métodos funcionam melhor em certas culturas ou meios que certa "cultura civilizada" considera primitivos. Em certos meios rurais onde a "justiça" oficial tradicional só chega para causar danos, funcionam instintivamente os métodos de prémio e castigo que criam uma cultura de melhor convivência do que noutros meios ditos civilizados. As pessoas ajudam-se mutuamente e colaboram para premiar os bons e castigar os maus. Recordo a aldeia onde fui criado: ninguém fechava as portas à chave, os utensílios agrários eram deixados nos próprios campos, ninguém roubava. Se alguém roubasse teria toda a população contra.
Nestes meios há um tal espírito de colaboração contra a criminalidade e desconfiança da "justiça" oficial que os leva a fazer justiça por suas próprias mãos e a organizar equipas de voluntários contra a criminalidade. A "justiça" oficial, vendo roubar-lhes o privilégio de fazer justiça, acaba por ser mais dura com os "justiceiros" do que com os criminosos.
Com a universalização dos meios de informação e comunicação, (Internet e televisões via satelite ), devem surgir normas éticas ou morais universais que favoreçam uma melhor colaboração e convivência entre todos os povos. Por um lado devem surgir normas universais que se sobreponham às locais no que diz respeito a comportamentos com implicações universais; por outro deve existir respeito pelas culturas e suas normas morais internas se não interferem e não causam danos globais ou externos; por último deve existir bom senso de justiça imediato que se sobreponha às leis para cada caso concreto. 
Mais:
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Para saber mais sobre Justiça:
CA= "CARTAS ABERTAS", ( geralmente dirigidas a personalidades ou instituições sem carácter pessoal mas em função do que representam).
DF= "DIÁRIO FILOSÓFICO", (pensamentos, ideias, reflecções).
DL= "DIÁRIO DE LUTA POR JUSTIÇA E POR UM MUNDO MELHOR".
DP= "DIÁRIO PESSOAL", (emoções, sentimentos e reflecções pessoais).
LB= "BÍBLIA DA NOVA JUSTIÇA".
LG= "O GRANDE ADVOGADO E A IMPOTÊNCIA DA JUSTIÇA" (livro de 80 páginas inédito).
LI = "ITÁLIA E SEUS QUERIDOS CRIMINOSOS".
LZ= "O ZÉ JUSTO NO PAÍS DAS BANANAS". (Livro de ficção inspirado em fatos reais da sociedade atual).
PAVIE= PROJETO: ASSOCIAÇÃO DE VÍTIMAS DE INJUSTIÇAS, (AVI), ESTATUTOS.
PJE= "PROJETO JUSTIÇA OU ESCÂNDALO".
PJSF= PROJETO: JUSTIÇA SEM FRONTEIRAS.
AA= ÍNDICE GERAL.
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